Barragem da Vale só será desativada em 2035 – 13 anos após prazo legal

Deputados mineiros criticam decisão
Dos 54 barramentos a montante em Minas, apenas 21 foram desativados. Foto: Daniel Protzner/Almg.

Minas Gerais corre risco prolongado.

A barragem Forquilha III, da Vale, em Ouro Preto, uma das estruturas com maior risco de rompimento (nível 3), só deverá ser desativada em 2035.

O prazo original, definido pela Lei Mar de Lama Nunca Mais (2019), era 2022.

A técnica a montante usada nessa barragem é a mesma dos rompimentos de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), que deixaram 300 mortos e danos ambientais irreversíveis.

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Dos 54 barramentos a montante em Minas, apenas 21 foram desativados. Minas concentra 62% das estruturas desse tipo ainda ativas no país.

O novo cronograma foi fixado por Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) assinados entre o governo, Ministério Público e empresas, com o argumento de que uma drenagem apressada pode causar novos desastres.

Críticas vieram da deputada Beatriz Cerqueira (PT), que afirma que o governo Zema ignorou a Assembleia Legislativa ao mudar os prazos sem apresentar novo projeto de lei.

A deputada Bella Gonçalves (Psol) também denunciou que há descumprimento da lei, com barragens sendo ampliadas e populações sendo removidas de áreas de risco para burlar restrições legais.

Atenção e fiscalização da sociedade são fundamentais.

 

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