PF indicia Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem no caso “Abin Paralela”

O inquérito tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF)
O caso agora está nas mãos do STF.. Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Br.

A Polícia Federal (PF) formalizou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, do deputado federal Alexandre Ramagem e do vereador Carlos Bolsonaro no inquérito que investiga a criação e operação de uma “Abin paralela” durante o governo Bolsonaro.

Essa estrutura clandestina teria sido responsável por monitorar ilegalmente adversários políticos, jornalistas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros críticos do governo, utilizando ferramentas de espionagem sem autorização judicial, como o software FirstMile .

De acordo com a PF, Carlos Bolsonaro atuava como líder político da “Abin paralela”, sendo o principal destinatário das informações produzidas pela equipe de inteligência clandestina. Além disso, ele teria recebido detalhes sobre inquéritos em andamento da própria Polícia Federal, o que configura uma possível utilização indevida de informações sigilosas para fins políticos .

Alexandre Ramagem, que chefiou a Abin entre 2019 e 2022, é acusado de coordenar a estrutura paralela, utilizando servidores da agência e policiais federais para realizar monitoramentos ilegais e produzir relatórios com fins políticos e midiáticos. A PF também investiga se a Abin foi usada para interferir em investigações envolvendo membros da família Bolsonaro .

O inquérito, que tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF), está em fase final de apuração. A Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliará se há elementos suficientes para apresentar denúncias formais contra os envolvidos.

Se condenados, os acusados podem responder por crimes como organização criminosa, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio .

Segundo a PF, o grupo teria montado uma estrutura paralela de espionagem, usada para monitorar ilegalmente autoridades públicas — incluindo operações relacionadas à hidrelétrica de Itaipu e autoridades do Paraguai.🇵🇾

Carlos Bolsonaro diz que a ação tem motivação política.

Segundo a Agência Brasil, a Abin não comentou os indiciamentos.

O caso agora está nas mãos do STF.

** Com informações da Rádio Nacional

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