Após 29 dias de greve, os trabalhadores da rede municipal de educação de Belo Horizonte decidiram, pelo fim do movimento grevista.
A deliberação ocorreu em assembleia após uma audiência de conciliação mediada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), atendendo solicitação do Sind-REDE/BH.
Mesmo com o encerramento da greve, o recado da categoria é claro: a luta por valorização e melhores condições de trabalho continua.
Proposta da Prefeitura foi decisiva
A nova proposta apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte durante a audiência de conciliação foi o ponto central da votação. A assembleia, que estava em caráter permanente desde o dia anterior (03/07), avaliou que, apesar de a proposta não contemplar integralmente as reivindicações, representa um avanço frente ao impasse anterior.
A votação foi majoritariamente favorável ao fim da paralisação, mas não foi unânime. Um número significativo de trabalhadores defendeu a continuidade da greve, evidenciando que as medidas da prefeitura ainda estão distantes da valorização que a educação merece.
Greve evidenciou descaso e mobilizou apoio popular
Durante os quase 30 dias de paralisação, o movimento dos profissionais da educação ganhou grande visibilidade pública e expôs, com clareza, os desafios enfrentados pela categoria.
A mobilização criticou a falta de diálogo por parte do prefeito Álvaro Damião, que, segundo os grevistas, demonstrou falta de prioridade com a educação municipal.
“A greve foi uma conquista coletiva. Ganhamos a atenção da cidade para a precarização da educação pública. Resistimos com unidade e mobilização, e conseguimos avanços que não podem ser ignorados”, afirmou uma das lideranças do movimento.
Apesar da retomada das atividades nas escolas, o Sind-REDE/BH reforça que a categoria segue atenta e mobilizada.
O encerramento da greve representa uma nova fase da luta por direitos, com foco na continuidade do diálogo e na implementação das pautas ainda não atendida
