Sextou com S de Sabor, minhas queridas Lupuladas e Lupulados! Se você é daqueles que curte o amargor das IPAs, fatalmente já deve ter provado uma NEIPA, o desdobramento do estilo que está em evidência no mercado já há algum tempo. Caso não, fique ligado, pois esse estilo pode ser uma porta de entrada para você se aventurar no mundo dos lúpulos.
O surgimento das cervejas IPAs, que já foram destaque em nossa coluna (clique e relembre), datam de cerca de 1760, criada por George Hogdson. Este cervejeiro de Londres, com objetivo de garantir que suas cervejas chegassem com as melhores condições à Índia, que na época era uma colônia britânica, produziu uma Pale Ale bem mais forte que o normal e aumentando sua carga de lúpulos na receita. Dessa forma, surgiu-se então a India Pale Ale, ou simplesmente IPA.
A partir daí, ao longo do tempo, diversas variações do estilo foram surgindo, com características sempre marcantes e peculiares que as diferenciam: Session IPA, English IPA, American IPA e Double ou Imperial IPA são alguma delas. Mas hoje escolhemos falar da New England IPA, também conhecida como Juyce IPA, Vermont IPA ou apenas NEIPA, para os íntimos, rsrs!
Seu nome é uma referência a parte histórica dos EUA (antiga Nova Inglaterra) constituída de Vermont, Maine e Massachussets. E foi justamente em Vermont, na cervejaria The Alchemist (@alchemistbeer), uma das mais respeitadas dos EUA, que ela surgiu. A cervejaria foi fundada em 2003 por John Kimmich, que juntamente com sua esposa Jen, se especializou em “IPAs frescas e não filtradas”, sendo seu rótulo mais famoso a Heady Topper, uma Double IPA avaliada com nota máxima no RateBeer.
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Atualmente, você consegue encontrar as melhores cervejas, referências no estilo, ainda nesta região. A NEIPA é um estilo exemplar da Escola Americana, que começou a se tornar popular pelo público apreciador de cerveja no início da década e explodiu em popularidade em meados de 2015.
Mas o que difere uma NEIPA de uma IPA tradicional? Ela possui sabores e aromas muito mais intensos que a tradicional. Seu corpo é bem suave na boca, o que confere uma drinkability absurda e uma coloração amarela bem forte e de aparência bastante turva. O amargor em si é mais suave, o que pode agradar os iniciantes do estilo, porém, lembre-se que os sabores e aromas são muito mais intensos e extremos, remetendo com muita força a frutas tropicais, no sentido de você ter a real sensação de beber a cerveja com um suco de frutas.
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No Brasil, cervejarias como Hocus Pocus (@hocuspocus) e Overhop (@overhopbrewing), do Rio de Janeiro, e Dogma (@cervejariadogma), de São Paulo, se destacam atualmente como especialistas no estilo. Mas eu tenho minha predileta e ela é mineira. A Euphoria Juice, da Capapreta (@cervejariacapapreta), é uma cerveja que possui o equilíbrio perfeito entre corpo marcante, sabor diferenciado e um aroma extremamente frutado capaz de gerar uma experiência única.
Mas para escrever essa coluna de hoje minha degustação foi a Urban Fog, uma cerveja colaborativa da minha preferida Brewdog (@brewdogofficial) com a dinamarquesa Mikkeller (@mikkellerbeer).
Uma maneira sensacional de abrir bem o final de semana! Cheers!!!