As joias que o ex- presidente Jair Bolsonaro recebeu de presente do governo da Arábia Saudita foram devolvidas, nesta sexta-feira, à Caixa Econômica Federal (CEF), em Brasília.
Em 15 de março, o TCU deu prazo de cinco dias para que Bolsonaro devolvesse à Presidência da República as joias, fuzil e pistola. Ele deveria devolver um estojo incorporado ao seu acervo pessoal. O item contava com objetos de valor, da marca de luxo suíça Chopard, como relógio, caneta, um par de abotoaduras, anel e um rosário islâmico. Os objetos são avaliados em cerca de R$ 200 mil.
Na última segunda, o advogado de Bolsonaro enviou um ofício ao TCU, afirmando que estava “em total condição” de entregar as joias e as armas de fogo.
No início de março, a reportagem do jornal Estado de S. Paulo mostrou que uma comitiva do governo brasileiro, liderada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tentou entrar no país, após uma viagem para a Arábia Saudita, com R$ 16,5 milhões em joias. O objeto estava dentro de uma mochila levada pelo militar Marcos André dos Santos Soeiro, que era assessor do ministro.
Quando desembarcaram no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, optaram por entrar na fila de “nada a declarar”, na alfândega, mas funcionários da Receita Federal pediram para revistar a mochila. Neste momento, eles encontraram joias de valor milionário.
Os objetos foram retidos pela Receita, já que a legislação brasileira prevê que para entrar no Brasil com produtos com custo de mais de R$ 1 mil, o passageiro deve pagar um imposto de importação de 50% do valor. Neste caso, para liberar as jóias, a ex-primeira-dama teria que desembolsar aproximadamente R$ 8,25 milhões.