Alforria
ando preso no soneto
quando escrevo: toda vez,
sem querer, me submeto
ao quatro quatro e três três
de forma automática
essa coisa vem me bate
de forma meio errática
me põe em xeque mate
quero agora o verbo solto
afastar a velha rima
deixar tudo mais revolto
procurar o que anima
me sentir mais desenvolto
nesse verso que alucina.
J. Café
Instagram: @joãocafe_poetadeocasiao
Leia mais:
O sonho
Desiguais
Deposto
insônia
Penso, logo dispenso
Penso e dispenso
O universo desses versos é o amor
Ambíguo
Café mineiro