Salinas é destaque nacional na produção de cachaça

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A cidade possui o maior número de propriedades produtoras registradas de cachaça no país, Foto: Diego Vargas/Agência MG

Salinas, reconhecida como a Capital Nacional da Cachaça desde 2018 pela Câmara dos Deputados, é destaque na produção de cachaça no Brasil.

Localizada no Norte de Minas Gerais, a cidade possui o maior número de propriedades produtoras registradas de cachaça no país, representando quase 2% das cachaçarias legalizadas no Brasil, com 24 estabelecimentos registrados, de acordo com o Anuário da Cachaça de 2024, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Salinas também ocupa o segundo lugar nacional em quantidade de produtos registrados, com um total de 202 rótulos. A cidade é sede do Festival Mundial da Cachaça há 21 anos, atraindo em 2023 um público de 30 mil pessoas durante os três dias de evento. Este ano, o festival ocorre de 12 a 14 de julho no Parque de Exposições de Salinas, reunindo degustadores, amantes da bebida, produtores rurais, comerciantes e empresas locais, promovendo a importância do consumo de produtos legalizados e seguros.

Em Minas Gerais, como em todo o Brasil, as propriedades produtoras de cachaça e as bebidas produzidas devem ser registradas no Mapa. Esse registro é obrigatório para autorizar a produção e a comercialização do produto no país, garantindo que as normas higiênico-sanitárias sejam cumpridas, assegurando a segurança do produto para consumo.

Minas Gerais lidera o país com o maior número de cachaçarias registradas, representando cerca de 41,4% de todos os estabelecimentos do Brasil, com mais de 500 cachaçarias. O estado também possui o maior número de rótulos registrados, correspondendo a 35,7% do total nacional, com mais de 2 mil marcas.

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é responsável pela fiscalização e inspeção dos alambiques no estado. O IMA acompanha todas as etapas do processo produtivo, desde a concepção da cachaça até o monitoramento da qualidade do produto, garantindo o cumprimento das técnicas higiênico-sanitárias e a legalidade da produção.

Além do registro, há também o serviço de certificação da cachaça, que é opcional e comprova que as propriedades adotam boas práticas agrícolas, de higiene e segurança alimentar, atendendo também às normas ambientais e trabalhistas. No primeiro semestre de 2024, houve um aumento de 61,5% no número de cachaças certificadas em Minas Gerais em relação ao ano anterior, passando de 13 para 21 marcas certificadas pelo IMA.

O IMA terá um papel de destaque na edição deste ano do Festival Mundial da Cachaça, com o lançamento do projeto “O Legal Merece um Brinde”, desenvolvido para incentivar a legalização da produção de cachaça em Minas Gerais e conscientizar a cadeia produtiva sobre a importância da legalidade e segurança alimentar. O projeto será lançado no dia 12 de julho às 19h30, durante o evento.

A região Sudeste do Brasil concentra 67,3% dos estabelecimentos produtores de cachaça registrados no país, com 819 cachaçarias legalizadas. Minas Gerais se destaca com 504 estabelecimentos registrados, detendo mais de 60% dos alambiques da região. Belo Horizonte é o município com a maior quantidade de rótulos registrados no país, somando 336 produtos, enquanto Salinas ocupa o segundo lugar nacional com 202 rótulos registrados. Córrego Fundo, na região Centro-Oeste de Minas, também se destaca com mais de 50 registros da bebida.

O setor de cachaça é relevante para a economia nacional, com a região Sudeste contabilizando 48% dos empregos oriundos da fabricação de aguardente de cana-de-açúcar em 2023, empregando 3.062 pessoas.

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