O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, declarou que as explosões registradas na noite de ontem, em Brasília não se tratam de um “fato isolado” e que a unidade de investigação antiterrorismo da PF foi imediatamente acionado para atuar no caso.
Segundo Rodrigues, a situação aponta para a atividade de grupos extremistas e exige uma resposta rigorosa de todo o sistema.
Em coletiva na sede da PF em Brasília, segundo a Agência Brasil, ele explicou que o episódio está ligado a outras ações que a PF tem investigado recentemente, conduzindo uma rede de ações simultâneas.
Ele disse que: “ inicialmente, fazer fazer um registro da gravidade dessa situação que enfrentamos ontem. Tudo isso aponta que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica – não só a Polícia Federal, mas todo o sistema de Justiça criminal”,
Por conta da gravidade e das possíveis ameaças ao Estado Democrático de Direito e da suspeita de terrorismo,
Rodrigues determinou a abertura de inquérito policial e o encaminhamento do caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele acrescentou que a unidade antiterrorismo da corporação está lidando diretamente com a investigação, abordando o caso sob essas duas perspectivas.
Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, de 59 anos, originário de Rio do Sul (SC), morreu na noite de ontem, ao detonar explosivos em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília.
O incidente ocorreu por volta das 19h30, e o corpo de Francisco permaneceu na Praça dos Três Poderes, até às 13h desta quinta-feira.
Durante a madrugada, o esquadrão antibombas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizou uma varredura no local e encontrou mais três dispositivos explosivos, que foram desativados para garantir a segurança dos agentes. A área foi liberada para perícia às 7h da manhã de hoje.
Francisco, que atuou como chaveiro e foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul em 2020, foi identificado como o autor das explosões. Imagens das câmeras de segurança do STF mostram o momento em que ele lança artefatos explosivos na direção à escultura “A Justiça”, em frente ao prédio do STF, e, em seguida, acende outro explosivo em seu próprio corpo.
Momentos antes, seu carro também explodiu em um estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.