Sindiextra traça estratégias para o setor em 2025

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O encontro também contou com a palestra do deputado Reginaldo Lopes, que abordou os impactos da reforma tributária para o setor produtivo. Foto: Sebastião Jacinto Júnior/Fiemg.

A reunião do Conselho Deliberativo do Sindiextra, realizada no dia 2 de dezembro na sede da FIEMG, marcou um importante momento de reflexão sobre o setor mineiro em Minas Gerais e traçou diretrizes estratégicas para o futuro.

Liderado por José Fernando Coura, presidente do Conselho Deliberativo, o evento reuniu representantes da indústria, entre eles o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, para refletir sobre os avanços alcançados e traçar metas para o futuro. Tenho muito orgulho de estar à frente do conselho do Sindiextra. Com 23 anos de vida sindical, sou grato a cada setor que representamos, como cal, minério e agregados”, afirmou Coura.
O encontro destacou avanços do setor e abordou temas cruciais, como reforma tributária e sustentabilidade.

Ele destacou o crescimento do setor de agregados, composto majoritariamente por pequenas e médias empresas, que têm avançado em termos de profissionalização. “Estamos na casa da indústria e somos um sindicato de baixo custo, mas de muita ação e defesa de pautas cruciais para o setor minerário”, concluiu.

Luís Márcio Vianna, presidente do Sindiextra, apresentou os resultados de 2024, destacando iniciativas como “Mineração de Minas, portadora do futuro” e o segundo ano do Instituto AME..

Vianna ressaltou a adesão de 10 novas empresas, que ampliou o número de associadas para 122, consolidando a força da entidade. “Além disso, o sindicato participou de eventos como o Prêmio Hugo Werneck, o Fórum de Emprego e Renda e o Congresso de Infraestrutura”, disse.

Lauro Amorim, da empresa Vale e membro do conselho do Sindiextra, destacou a relevância da entidade na articulação entre diferentes portes de empresas e os poderes executivo e legislativo. “O Sindiextra desempenha um papel essencial no estado ao reunir pequenas, médias e grandes indústrias em um ambiente de escuta ativa e ação efetiva. Isso permite identificar pontos de convergência entre diferentes portes de empresas e compreender suas demandas específicas, promovendo uma conexão estratégica entre a indústria e os poderes executivo e legislativo”, afirmou.

João Luiz Nogueira de Carvalho, da empresa Geosol e também membro do conselho, ressaltou a eficácia do sindicato em questões como licenciamentos. “Durante o ano, o sindicato teve uma atuação destacada em temas relacionados a licenciamentos e questões de interface com o governo e seus órgãos reguladores. A contribuição do Sindiextra é extremamente positiva, como demonstra o resultado expressivo: das 65 licenças solicitadas, 57 foram aprovadas”, pontuou.

Os planos do Sindiextra para o próximo ano incluem a consolidação do projeto AMI, a criação do site oficial do sindicato, a formação do Grupo de Trabalho de Inovação e Tecnologia e a realização da Feira de Mineração. Outras metas envolvem a convenção coletiva de trabalho 2025/2026 e a continuidade do projeto “Mineração de Minas, portadora do futuro”.

A diretora de meio ambiente do Sindiextra, diretora de meio ambiente do Sindiextra, apresentou dados relevantes da área ambiental, incluindo 11 reuniões da Câmara de Meio Ambiente (CMI), 65 processos pautados e 57 licenças aprovadas em 2024. O Grupo de Trabalho de Meio Ambiente e Sustentabilidade realizou mais de 20 encontros para discutir ações estratégicas.

O encontro também contou com a palestra do deputado Reginaldo Lopes, que abordou os impactos da reforma tributária para o setor produtivo. “É impossível pensar em um projeto de nação sem uma estratégia nacional para o setor produtivo”, destacou Lopes. Ele argumentou que a simplificação tributária pode reindustrializar o Brasil e corrigir distorções históricas no sistema, permitindo maior competitividade e distribuição de riquezas.

Segundo Lopes, o Brasil enfrenta o desafio de superar sua baixa renda per capita, inferior à da China e da Índia, em um cenário que exige uma reindustrialização urgente. “Nosso foco excessivo na distribuição de riqueza, sem priorizar sua produção, compromete o desenvolvimento sustentável. Para reverter a desindustrialização e o crescimento econômico estagnado, é essencial investir no setor de valor agregado e corrigir distorções do sistema tributário, que encarecem a produção com impostos sobre impostos”.

A reforma tributária é vital para eliminar a guerra fiscal, simplificar processos e promover maior transparência e eficiência na arrecadação. “Com um modelo alinhado às melhores práticas internacionais, o Brasil pode atrair investimentos, recuperar competitividade e construir um futuro econômico mais justo e sustentável”, pontuou.

“Este é o momento de fortalecer o setor mineral, que é essencial para o desenvolvimento do país” pontuou José Fernando Coura, presidente do Sindiextra, reforçando que a simplificação tributária será o maior legado da reforma, permitindo ao Brasil avançar em produtividade e sustentabilidade.

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