O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, participou ontem, da ação de restituição de 337 celulares recuperados pela Polícia Civil do Estado (PCMG) na operação “Tá Entregue”.
O objetivo da ação, que ocorreu pela primeira vez em Minas Gerais, é reaver aparelhos com registros de furto, roubo ou extravio, especialmente em Belo Horizonte.
O chefe do Executivo estadual comemorou os resultados da operação e destacou a redução de mais de 50% dos crimes desse tipo nos últimos anos:
“É uma notícia duplamente boa, porque além de termos reduzido em mais da metade esse tipo de crime no estado nos últimos anos, aqueles que tiveram o aparelho roubado ou furtado têm agora a oportunidade de revê-los, como está acontecendo hoje.”
Entrega
A formalização da entrega dos aparelhos foi realizada no Instituto de Identificação de Minas Gerais (IIMG). Os proprietários dos celulares foram contatados entre os dias 10 e 17 de dezembro via WhatsApp, com orientações sobre o processo de devolução.
Para verificar a autenticidade da notificação, os destinatários podiam acessar o site da PCMG e preencher o CPF ou CNPJ do proprietário. Se o celular fosse recuperado, uma mensagem de confirmação era exibida, com informações sobre como retirar o aparelho.
Os celulares que não foram resgatados até a data de hoje serão encaminhados ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), que ficará responsável pela devolução a partir de 23/12/2024.
O Depatri atende ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na Avenida Amazonas, 7.025, bairro Nova Gameleira, em Belo Horizonte.
A chefe da Polícia Civil, Letícia Gamboge, destacou a importância de sempre verificar a autenticidade das mensagens enviadas e a recomendação de registrar boletins de ocorrência para garantir a localização dos aparelhos:
“O que recomendamos a todas as vítimas é que sempre certifiquem a autenticidade dessa intimação enviada via WhatsApp e através do site da Polícia Civil.”
Boletim de ocorrência
Romeu Zema também lembrou a importância de registrar o boletim de ocorrência (BO) para que a polícia tenha condições de localizar os aparelhos e restituí-los aos seus proprietários
“Fica o meu apelo para que as pessoas façam o BO, pois caso contrário, a Polícia Civil não tem como localizá-los e informá-los que o celular foi roubado.”
A ação trouxe alívio e sensação de justiça para muitas vítimas. Dayse Cristina Luz, assistente financeira de 40 anos, teve seu celular roubado no início do ano, mas não perdeu a esperança após ser informada pela PCMG via WhatsApp:
“Quando eu recebi a notícia pelo WhatsApp, fiquei até incrédula, já tinha perdido as esperanças de encontrá-lo. Esta iniciativa da Polícia Civil é muito legal. Estou bastante feliz com a ação.”
Andréia Moreira dos Santos, faxineira de 42 anos, também recuperou seu celular depois de registrá-lo no boletim de ocorrência:
“Eu fui direto no posto da polícia que tem ali na Praça Sete e fiz o boletim de ocorrência na esperança de encontrarem meu celular e até para me resguardar, porque hoje em dia a gente tem conta e várias informações pessoais no aparelho.”
O projeto de recuperação em grande escala foi inspirado em uma iniciativa pioneira da Polícia Civil do Piauí, que começou em 2023. A partir de uma visita técnica ao Piauí, uma comissão da PCMG conheceu os protocolos utilizados e adaptou o modelo para Minas Gerais, contribuindo para o sucesso da ação.