Na última semana a CPI da BHTrans que atua na CMBH desde Maio para trazer a tona as relações excusas entre a Afonso Pena 1212 e as empresas de ônibus coletivo na Capital, foi evidenciado que tal operação financeira com o dinheiro público foi feita sem qualquer princípio de transparência ou responsabilidade com o dinheiro público. A justificativa foi garantir que as empresas manteriam os ônibus circulando na cidade com a demanda reduzida, mas esse valor sequer foi solicitado por elas. Não há registros, notas técnicas ou explicações da PBH que respalde o montante do empréstimo, além de não existir um plano de ação para reaver a quantia.
Ao longo das duas CPIs (da Covid-19 e BHTrans) realizadas na CMBH, chegaram mais evidências comprovando o envolvimento do Prefeito. O Ex-chefe de gabinete da PBH, Alberto Lage, apresentou um áudio de Kalil sugerindo que os empresários de ônibus estariam arcando com a defesa do ex-presidente Célio Bouzada da BHTrans. Bouzada já vinha sendo investigado e participou dos repasses irregulares, que tiveram início 8 dias após o primeiro Lockdown.
Cerca de R$101 milhões correspondem a um adiantamento do contrato de vale transporte para servidores públicos, já R$116 milhões foram emprestados ás empresas sem contrato. Em dezembro de 2020, foi feito um acordo judicial para dar um verniz de legalidade ao empréstimo, mas naquele momento a PBH já havia repassado R$107 milhões.
Durante a Pandemia, ao invés de investir em estratégias para ajudar a cidade, a Prefeitura optou por financiar rapidamente empresas que ainda prestaram um péssimo serviço, diminuindo as linhas e deixando ônibus lotados circularem pela cidade colocando em risco a saúde das pessoas. Formulamos uma nota para a Imprensa repudiando a coletiva e o comportamento de Kalil, que deslegitima todo o trabalho que a CMBH vem realizando em prol da população, enquanto a própria Prefeitura deixa a capital abandonada e perdida em ações ineficazes.
O meu objetivo ao entrar na política sempre partiu de princípios muito importantes e inegociáveis, como ser íntegro, transparente, fiel aos meus valores e as pessoas que acreditam e confiam no meu trabalho. A conta não está fechando e os belo-horizontinos estão cansados de pagar pelos erros da Prefeitura. A população já está exausta de viver em uma cidade acéfala em que estão amercê da própria sorte e com todo o prejuízo saindo do seu bolso.
Fui escolhido como presidente para integrar a terceira CPI que foi criada na CMBH para investigarmos o uso da máquina pública em Belo Horizonte, que irá substituir a CPI do Nepotismo. Diante de novos fatos e denúncias, irei investigar a fundo e com muita seriedade toda essa história. Estou confiante com o nosso trabalho e certo de que traremos conclusões significativas a respeito das divergências que encobrem a nossa cidade e o dinheiro público.
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