Ovos da Páscoa? Pra que?

Coluna Confusão – José Francisco Resende
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Reprodução Internet

Alô a todos!

Neste Domingo de Páscoa, a festa está garantida. É no Domingo que se comemora o renascimento de Jesus Cristo (claro, pra quem é cristão) com muita alegria, senão pelo período meio nublado da quaresma, mas como um dia de esperança para todos.

Mas, porque tem tanto cristão chorando porque o ovo de Páscoa está caro? Olha é uma boa oportunidade para quem segue o cristianismo, deixar de consumir um produto ligado ao paganismo. Afinal a Páscoa é uma festa hebraica e o símbolo é um cordeiro. Então o que é que tem a ver: coelho, ovos coloridos ou de chocolate?

Se a Páscoa pra você tem a ver com Cristo, porque as lojas não são enfeitadas com crucifixos, sinais que realmente são semelhantes à cruz?

Porque a Páscoa que o sistema nos vendeu é totalmente pagã e nada tem de relação da páscoa bíblica.

Veja bem: – Tudo começou quando um faraó não queria que o povo hebreu fosse libertado das leis egípcias, que eram muito duras com quem se declarava cristão.

De acordo com o livro Êxodo, capítulo 12, Deus enviou à terra as dez pragas. Na última praga, Deus disse a Israel para conseguir um cordeiro (carneirinho) de um ano de idade, macho, sem defeitos físicos e sacrificar. Daí aquela frase de Cristo “Eu sou o cordeiro de Deus que (com a minha morte) que tira os pecados do mundo…, mas, voltando ao cordeiro sacrificado, a ordem era de passar nas portas do povo cristão. E aí, quando o anjo da morte viesse para ferir os primogênitos, vendo o sangue nas portas ele “saltaria” aquela casa e não levaria a criança. Daí vem o nome Páscoa – “pessach” ou seja – passar por cima – onde o demônio saltaria aquelas casas pintadas com o sangue de cordeiro.

Ainda sob as ordens do altíssimo, a carne desse cordeiro deveria ser assada e serviria de alimento aos seus discípulos e seguidores. Foi criada então a primeira páscoa, onde uma vez por ano todos os judeus comemoram essa festa. Tanto é que Yeshua (Jesus em hebraico) comemorou, no seu último jantar, aquela famosa santa ceia era o jantar da páscoa. Ele se ofereceu com um sacrifício vivo, ele foi o novo cordeiro de Deus.

Aí você pode perguntar: Mas então você pergunta: Mas então onde entra o “coelhinho da páscoa e os ovos coloridos?” – No paganismo alguns egípcios acreditavam em uma Deusa Ostara, ou Eostre, ou Istar, que tinha origem nórdico- germânica, considerada a Deusa da Primavera. Ainda segundo essas crenças pagãs, Ostra chegou no inverno e encontrou um pássaro morrendo com o frio. Ela então salva a vida do pássaro transformando-o em uma lebre (coelho). E essa lebre, lembrando que veio transformada de um pássaro começa a botar ovos. Esses ovos eram tão bonitos e coloridos que a lebre resolve presentear Ostara como agradecimento. Ela então, distribui os ovos para as crianças.

Então os pagãos passam a comemorar a chegada da primavera com ovos coloridos. Como Roma foi sempre pagã, quando se converte ao cristianismo, passa a comemorar suas festas com os cristãos, introduzindo então os ovos coloridos como novo costume.

Assim, o que antes era simbolismos os cordeiros para os hebreus e a cruz para os cristãos, começou a festejar coelhos e ovos, costume herdado do sincretismo religioso.

Mas até hoje, a festa de Ostara é comemorada na bruxaria, na Wicca em várias outras crenças.

Agora, com os “ovos de páscoa” de chocolate, que aliás foi inventado em 1500 antes de Cristo, mas que custam um ABSURDO tanto quanto a história da Deusa pagã, é hora de você comemorar com qualquer alimento que esteja à altura do seu orçamento e lembrar sempre que a Páscoa é, antes de tudo uma celebração, como dissemos do renascimento de Cristo.

Seja feliz com o que você tem, não com aquilo que você gostaria de ter. Lembre-se: Ser é melhor que ter.

Boa Páscoa a todos.

E até a próxima semana!

As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.

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