Cachorro não é gente

Coluna Confusão – José Francisco Resende
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Alô a todos.

O tema hoje é polêmico. Como quase sempre né? Mas será muito útil se você tem um cão em casa, no seu apartamento, no seu sítio, leia com muita atenção!

A gente foi doutrinado a humanizar os animais como se fossem “filhos”. Nos anos 60 e 70 fomos muito influenciados pela Lassie (uma cadela heroína) o Lobo – do Vigilante Rodoviário que era uma espécie de super policial e Rin Tin Tin, o cachorro que protegia uma criancinha indefesa e todos os que eram “do bem”. E aí essas histórias foram entrando para o senso comum de que “o cão é o melhor amigo do homem”. Uma frase de efeito, que como sempre, foi dita tantas vezes que acabou se incorporando ao nosso imaginário.

Olha, é preciso entender que cão é um animal, age por instinto, não é seu amigo, apenas criou o instinto de estar ao seu lado, porque você o alimenta, por que você passeia com ele, enfim. Ele não age como ser humano. Ele não tem necessidade de afeto, de festa quando chegamos em casa… Se você insiste na ideia de que o cão pode ser amigo, pegue aqueles dois cães que convivem, que estão sempre brincando e prenda em um canil. Dois dias depois, jogue um pedaço de carne. Se os dois dividirem a carne, podem comentar como sou imbecil. Cão é um animal caçador por natureza. Se você não acredita, veja os dentes do seu animal e perceba os caninos (viram o nome?) CANINOS. Cão é um animal de toca. Ele se esconde quando quer, ou percebe perigo iminente ou quando vê o seu território invadido por qualquer coisa que ele não conheça.

Passe a observar o comportamento do seu animal. É a melhor forma de você interpretar como ele age, ou reage. Cães têm controle e não têm controle. Aí é que mora o perigo. Um chihuahua descontrolado é tão agressivo quanto um Pitt Bull. Só que por uma questão de tamanho um pode te machucar e o outro pode te matar. Um cachorro fora de controle é uma arma. Se for pequeno é um prego. Se for grande é uma metralhadora. Então você está dizendo que um Rottweiler pode ser uma boa companhia para uma criança? Se ele for controlado sim. Porque criança costuma beliscar o cachorro, pode cair sobre o cachorro e se ele cair sobre um shitsu o cão pode reagir por INSTINTO DE DEFESA e morder essa criança. Já as raças maiores são mais resistentes à dor e podem não reagir. Tenho grandes amigos que têm filhos pequenos e convivem perfeitamente com uma matilha de cães enormes. Cães têm dois instintos opostos com os humanos. E agem por eles: Frustração e excitação. Isto é que deve ser controlado. Segundo um dos maiores conhecedores de cães do mundo, Jairo Teixeira enfatiza em suas palestras por TODOS os continentes que: Se você vive com o cachorro no colo, fazendo carinho, coçando o braço, as pernas, o corpo, o rabo, quando você sai para o trabalho ou para qualquer a lugar que precise se ausentar, o animal sofre uma frustração imensa e procura compensar usando qualquer coisa que lembre o seu cheiro: Morde o seu chinelo, seu sapato, o controle remoto da televisão e PRINCIPALMENTE o seu celular, como forma de sentir sua presença. Cão no colo vira dono do dono ou da dona. Cães não distinguem afeto. Então, o correto a se fazer, desde os primeiros anos de vida é: Primeiro a restrição: À comida, ao lugar onde fazer necessidades, e ser persistente ao ponto de modificar o comportamento. Aí sim, vem a educação (comando) para doutrinar o cachorro ao seu modo de vida. Raças não importam. As raças não tornam o animal domesticado mais ou menos agressivos. Os donos sim. Enfim, ao invés de trata-lo da maneira “vem com o papai”, “vem com a mamãe”, e depois ter que castiga-los por não agirem da forma que você quer, faça menos carinhozinho e ensine o seu “pet” para que você não fique com vergonha tá?

Até a próxima semana.

As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.

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