Defesa alega falta de acesso às provas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro preferiu ficar em silêncio durante o depoimento dado, hoje, à Polícia Federal.
Segundo sua defesa, a alegação foi de falta de acesso à íntegra dos autos da investigação, incluindo as declarações do tenente-coronel Mauro Cid e as mídias eletrônicas obtidas de terceiros.
Os advogados de Bolsonaro, segundo a Agência Brasil explicaram que a defesa não teve acesso a todos os elementos pelos quais o presidente é acusado, justificando a estratégia de silêncio com base nessa falta de acesso.
Eles enfatizaram a disponibilidade de Bolsonaro para colaborar com a justiça e esclarecer os fatos.
Outros ex-integrantes do governo que compareceram à PF para prestar depoimentos, como o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o ex-ministro da Defesa, o ex-ministro da Casa Civil, o ex-ministro da Justiça e o presidente do Partido Liberal, entre outros.
Esses investigados são suspeitos de formar uma organização criminosa após a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva.
A Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro, teve como alvo militares e assessores ligados a Bolsonaro.
O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, chegou a ser preso durante a operação.
A investigação foi iniciada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, fechar acordo de colaboração premiada com a PF.
Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão, teve o passaporte apreendido e o envolvimento de outros nomes, como Filipe Martins, coronel Marcelo Câmara e major Rafael Martins, na operação.
A investigação aponta que o general Walter Braga Netto, então candidato a vice-presidente na chapa derrotada em outubro de 2022, teria orientado ataques contra generais que não aderiram ao plano.