Hoje é ‘sextou’ de carnaval, mas não vai ter bloquinho, né Lupulados? Vamos pensar no lado bom… Sem bloquinhos, sem a necessidades de tomar latão do isopor do ambulante, certo?! E que tal se aventurar numa cerveja diferente e com mais sabor? A dica do beer sommerlier pra hoje é cair na home-folia com as maravilhas da Escola Belga.
Posso dizer que a descoberta da Escola Belga foi exatamente o que me levou ao universo cervejeiro. Meu primeiro avanço, isso ainda lá nos anos 2000, foi ao estilo Pale Ale e seus desdobramentos e daí pra frente vieram as Dark Ale, Strong Golden Ale, Dubbel, Trippel, Quadruppel e por aí vai.
A Escola Belga é marcada por possuir cervejas mais alcoólicas, com aromas espetacularmente frutados, característica das leveduras belgas, e uma variação e combinação de sabores que realmente deixa qualquer um de boca aberta. Sua origem está diretamente associada ao crescimento do poder da Igreja Católica após a queda do Império Romano e ao surgimento de vários monastérios. Nestes locais, os monges produziam cervejas para consumo próprio e atendimento da população local. Com tempo, os monges foram se especializando e aprimorando o processo de fabricação, que tornava cada vez mais diverso o uso de frutas e especiarias, aumentando a complexidade de aroma e sabores das cervejas.
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Tamanha diversidade e qualidade garantem à Bélgica o título de “Paraiso Cervejeiro”. São várias marcas reconhecidas mundialmente, como Duvel, La Chouffe, Gouden Carolus, Delirium e Hooegarden. Isso sem falar das cervejas Trapistas, que também merecem uma coluna dedicada.
Dentre os destaques de estilos, temos as famosas Witbiers, que combinam muito com verão brasileiro e trazem normalmente fortes notas de laranja e coentro. Dentre as opções de fácil acesso no mercado, sugiro a Baden Baden Witbier (@cervejabadenbaden), disponíveis em garrafa 600ml e latas de 355ml. Um outro estilo de fácil acesso à Escola Belga é a Belgian Pale Ale da Eisenbahn (@eisenbahn), uma das mais fiéis do mercado nacional, apresenta belo equilíbrio entre o sabor maltado e frutado com o amargor do lúpulo.
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Por fim, um dos estilos mais saborosos da Escola Belga, na minha opinião, é a Tripel. Uma cerveja normalmente mais dourada, com uma complexidade peculiar, que combina notas frutadas e condimentadas em seu aroma com o dulçor do malte no sabor e um final seco, mas quente e alcoólico. E se o objetivo for conhecer esse estilo, um rótulo local que indico é a Monasterium da Falke Bier (@falkebier). Já uma referencial no mercado é a La Trappe Tripel, que apesar de holandesa, é um belo exemplar da Escola Belga.
Curtam bem a home-folia e cheers!
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