Muitos pais já passaram por situações, durante a criação de seus filhos, em que não sabem mais o que fazer para acabar com a “malcriação” deles. Por mais que apliquem castigos ou corretivos, eles continuam desafiando, explodindo em rebeldia e agressividade. E nesse ciclo punitivo, baseado em agressões físicas e emocionais, não entendem porque tudo aquilo não está funcionando, e porque as crianças continuam cada vez mais agressivas, mais explosivas e mais rebeldes.
O que fazem para solucionar o problema? Aumentam ainda mais a intensidade das punições. E o grande problema está em jogar nos filhos a culpa por tudo que está acontecendo. Movidos por toda uma tradição de punições, muitos pais não enxergam que o problema está exatamente na relação com os filhos. O que é tratado como pirraça, desobediência ou agressividade é na verdade a imaturidade emocional dos pequenos, já que ainda estão em formação, e acabam usando as ferramentas que tem para demonstrar sua frustração. E o melhor remédio para esse ataque de fúria e rebeldia é afeto e acolhimento. A criação com apego e a disciplina positiva podem mostrar caminhos surpreendentes para contornar situações como as citadas acima. E nunca é tarde para começar. Até mesmo as relações com filhos mais velhos, muitas vezes cheias de magoas e reparos a serem feitos, podem mudar com empatia, respeito e afeto. Nunca é tarde para se construir, ou reconstruir uma relação afetuosa e respeitosa com nossos filhos. Outro fator importante a ser dito é que não existe teoria perfeita ou a formula mágica de como conduzir a criação com apego. Cada um deve buscar o seu caminho, sempre com empatia, respeito e carinho, entendendo a dinâmica de crescimento da criança. Nós somos o exemplo, o porto seguro delas, cabendo a nós darmos o acolhimento em seus momentos de insegurança e frustração. E não ache que exista pai, mãe ou criação perfeita, pois todos nós vamos sempre cometer erros e falhar com nossos pequenos. Entendermos nossas falhas e buscarmos aprender com elas nos fará pais cada vez melhores. O mais importante é buscarmos sempre sermos o melhor pai ou mãe que pudermos ser aos nossos filhos.
Respeito, empatia e afeto é a chave para uma criação feliz e eficiente.
