Há quase um ano e meio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou o início da pandemia da Covid-19. Em questão de semanas o mundo todo ficou repleto de incertezas e medo. E na rotina dos Jornalistas não foi diferente, com todas as mudanças o ambiente de trabalho se tornou inseguro para o exercício da profissão.
Alguns jornalistas precisaram se expor e aprender a conviver com esse pavor de serem contaminados, terem possíveis sequelas, ter a incerteza de como o próprio corpo reagiria e até mesmo pensar regularmente na morte pela doença. De acordo com a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), cerca de 169 jornalistas profissionais morreram entre abril de 2020 e março de 2021 vítimas da Covid–19, no Brasil.
No início, mesmo com os dilemas gerados pelo home office e isolamento social, os comunicadores conseguiram se adequar a rotina de trabalho e seguir com seus empregos. Entretanto, com o passar dos meses, mudanças precisaram ser feitas em redações, emissoras, estádios, assessorias e muitos dos nossos colegas de profissão sentiram o peso dessa pandemia em sua vida financeira. Mas ainda sim estavam lá, dispostos a cumprir seu papel durante a pandemia do coronavírus: registrando o que acontecia nos jogos, centro de treinamentos, buscando informações sobre possíveis contratações, saídas de jogadores ou comissão técnica, e buscando as melhores maneiras de manter o torcedor conectado e informado sobre as notícias do seu clube do coração.
Confira alguns depoimentos de Jornalistas que já trabalhavam há anos nos estádios de futebol, e tiveram algumas mudanças em sua rotina de trabalho:
Doug Patrício – Repórter fotográfico (Agência – BH Foto): “Hoje, a gente faz a fotografia da arquibancada, e é uma dificuldade que a gente tem né? Porque a questão de distância dos atletas acaba prejudicando um pouco a qualidade do trabalho. A logística foi um dos principais pontos que mudou e prejudicou a vida do fotojornalista. Entretanto, o momento mais marcante pra mim, durante essa pandemia, aconteceu quando surgiu a possibilidade de reformular o meu trabalho, criei com mais quatro amigos a agência BH Foto. O objetivo da BH Foto é produzir conteúdo segmentado para o atleta usar nas suas redes sociais ou em alta resolução para impressões e quadros”.
Isabella Barbosa
João Vitor Xavier – Vice- Presidente da rádio Itatiaia: “Acho que a pandemia mudou não apenas a minha carreira, mas todo rádio e toda a comunicação de uma maneira geral. Todos fomos obrigados a trabalhar de maneira mais ágil, muitas vezes de maneira remota. Os veículos de comunicação tiveram que rever o seu trabalho enquanto órgão comunicador, e isso tem funcionado muito bem, revolucionou a comunicação. A pandemia trouxe coisas ruins, perdemos pessoas queridas, a economia está abalada, é um sofrimento terrível para humanidade, mas nesse aspecto da comunicação ela veio para reforçar que é possível trabalhar com novas tecnologias e que as novas tecnologias vão contribuir muito para o futuro do jornalismo”.
Rodney Costa- Fotógrafo: “Precisamos entender o momento e acreditar que vai dar tudo certo! Temos um novo cenário, que está se normalizando aos poucos, já que alguns amigos estão tendo a oportunidade de voltar para as beiras do campo há pouco tempo. Sinto muita falta da torcida no estádio, pois a atmosfera dentro e fora do campo muda completamente, mas são novos tempos e novas experiências. Foi um período de adaptação, tivemos que repensar a forma de fazer o nosso trabalho, mas estamos reconquistando nosso espaço e isso é muito importante”.
Arquivo Pessoal
Bom, passar por essa pandemia também nos desafia a repensarmos nossos meios de comunicação e demonstra o quanto nosso trabalho, enquanto formadores de opinião, é importante não apenas no esporte, mas em diversas áreas da vida dos brasileiros
“Informação é poder” – Thomas Hobbes.
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