Glaucoma congênito: o que você precisa saber
Um em cada dez mil bebês nascem com glaucoma congênito, condição grave que pode levar à cegueira, se não for tratada, e motivo de apreensão dos pais assim que recebem a notícia. A doença caracteriza-se por uma má formação do sistema de drenagem do fluido produzido dentro do globo ocular, cursando com o aumento da pressão intraocular.
O glaucoma congênito é mais frequente em meninos e em casos cujos pais têm grau de parentesco, com uma possível compatibilidade genética. Ambos os olhos costumam ser acometidos de forma assimétrica e os sintomas mais dominantes são fotofobia (sensibilidade aumentada à luz), lacrimejamento, blefaroespasmo (transtorno neurológico que causa movimentos involuntários e vigorosos nos olhos), alteração do brilho dos olhos, que fica mais azulado, e aumento do tamanho dos olhos.
O teste do olhinho (teste do reflexo vermelho – TRV) nos primeiros 30 dias de vida do bebê já pode dar o primeiro sinal de alerta da doença.
Por ser uma condição de difícil controle, os pais ou responsáveis devem se manter informados sobre seus sinais para levar a criança ao oftalmologista o mais rápido possível. O tratamento é cirúrgico, necessariamente deve ser feito o mais precoce possível, e consiste em melhorar o sistema de drenagem do olho, evitando acúmulo em excesso de líquido, que aumentaria a pressão. Dependendo do quadro clínico, colírios hipotensores podem complementar a terapêutica.
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Dra. Bruna Veloso Avelar Ribeiro
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