Alô a todos.
Em tempos de excesso de notícia e falta de vacinas, excesso de política partidária e falta de políticas públicas, é importante que a gente se lembre de quantas vezes já corremos (sem saber) risco de vida – ou risco de morte – como dirão os atuais meios de comunicação. Senão, vejamos:
A primeira situação de “quase morte” foi naquela corrida em que você competia com outros mais de 500 MILHÕES com as mesmas condições e venceu, vindo a ser… você mesmo. Os outros ? Morreram para te deixar vivo. Com essas características mesmo que você carrega até hoje.
Mas… Quantas vezes mais?
Dezenas, centenas, talvez milhares de vezes. Lembra quando você, criança pulava o muro atrás de uma bola, para roubar jabuticabas, ou até roubar a galinha do vizinho e ele te pegava no flagra? Ah! Se ele te alcança seria um CPF, ou melhor, uma Certidão de Nascimento a menos e uma de óbito a mais… E a “guerra de mamonas” das quais você participava? Se uma daquelas frutinhas te perfurasse os olhos… Ou sofresse uma hemorragia cerebral?
Aquele sarampo ou coqueluche que você contraiu, podiam também te levar a óbito… Mas, como um Highlander, você sobreviveu. Quantas doenças sem vacina, asma sem remédio com eficácia comprovada…
Quem é mais velho sobreviveu à Gripe Espanhola (que se surgisse hoje, a grande mídia te destruiria por chama-la assim. Deveria ser a Influenza-18 porque teve o primeiro diagnóstico em Janeiro de 1918 no condado de Haskell em Kansas nos Estados Unidos e durou DOIS longos anos e matou 500 MILHÕES de pessoas, ou cerca de UM QUARTO da população do planeta. Ainda bem que a grande maioria de nós não viveu nessa época, senão poderíamos contar com a derrubada do Presidente Brasileiro Venceslau Braz. Ou quem sabe do seu vice Delfim Moreira, sim… com o perdão do trocadilho (Deu fim). Mas nossos avós, bisavós e tetra-avós sobreviveram. Senão, nós… bem. Andemos.
Você sobreviveu ao bom e velho influenza que voltou com toda a força, com nomes e nacionalidades diferentes: A gripe asiática, em 1957, se espalhou pelo mundo em seis meses e matou cerca de um milhão de pessoas. A gripe de Hong Kong, em 1968, são as mais recentes e de maior repercussão. São epidemias relatadas, juntamente com a gripe aviária, mas seus pais e avós sobreviveram e por consequência, a sua história, se eles morressem, nem existiria.
E as guerras? Muitas causadas por interesses religiosos, políticos, econômicos e até por pequenas ilhas, soltas no mar com dupla nacionalidade.
Você SOBREVIVEU. Mais recentemente ao H1N1, lembra? Assombrou o mundo matando tantos, acabando com tantas famílias. E a Dengue? Meu Deus, que mosquitinho assombroso, que tantos medos nas famílias brasileiras causou? Você está lendo isso? Então o Aedes Egypth não te pegou. Mas você quase morreu. Nem que seja de medo. Viu muitos amigos contraírem a doença, que trazia elementos de um profundo mal estar, internações aos milhares.
Na verdade somos vítimas e testemunhas sobreviventes do caos de um mundo louco. Então “brother”, se você teve alguém da família vítima dessas circunstâncias, fica aqui os nossos sentimentos. O que resta de bom é que VOCÊ está entre nós. É motivo de alegria e deveria ser motivo da sua gratidão. Pare de culpar outros e tome pra si o direito de ter fé na vida. Fé. É assim que a gente sobrevive bem.
Forte abraço!