Uma grande sexta para nós, Lupuladas e Lupulados! Hoje na nossa coluna, vamos falar de um assunto bem polêmico, que provavelmente já foi tema para vocês em uma mesa de bar, churrasco ou happy hour da firma! Se tiver que escolher, de uma mesma marca de cerveja, latinha ou garrafa, qual a melhor opção? Para você que já teve essa dúvida, vamos tentar a partir de agora te explicar as principais diferenças (Se é que elas existem!).
Chega a ser engraçado, porque existem as famosas “Teorias de Butiquim”, que viram argumentos para os defensores de cada tipo de envaze, que garantem que um é melhor que o outro. Indo direto ao ponto, posso te garantir que em termos gerais, as diferenças existentes são imperceptíveis aos paladares mais leigos. E isso se dá pelo simples motivo que a receita para a fabricação da cerveja é a mesma, independentemente do tipo de armazenamento.
A cerveja, seja ela na garrafa ou na lata, possui o mesmo tempo de maturação. Na garrafa, ela pode até ganhar pouco mais carbonatação do que a lata, devido ao material que veda as tampas serem mais permeáveis aos gases que o alumínio. Como resultado, pode-se imaginar que a lata de cerveja e o chope são levemente mais suaves ao paladar. Mas volto a destacar que para o consumidor comum, é praticamente impossível notar essa diferença. Além disso, tanto a garrafa quanto a lata contam com processos de pasteurização praticamente iguais. Esse é um processo importante para garantir um prazo de validade maior as bebidas.
Mas apesar do aroma, sabor e a cor das duas opções serem quase sempre idênticos, garrafas e latas possuem ligeiras diferenças. E talvez a principal delas pode interferir na qualidade da bebida. Mas para sua surpresa, imagino, é a lata quem leva vantagem. A latinha protege a cerveja contra a luz um pouco mais do que a garrafa, simples assim. E esse item é relevante porque a iluminação, seja ela natural ou artificial, pode causar um efeito chamado de “light-struck”.
A grosso modo, esse efeito cria um aroma desagradável na bebida, a partir da degradação da molécula que oferece amargor ao lúpulo, o iso-alfa-ácido. Na presença da luz ele se quebra e cria o “light-struck”, que é associado com o cheiro de gambá. Garrafas mais escuras, como as tradicionais marronzinhas de buteco, são um pouco mais protegidas desse problema do que outras.
Além disso, tanto pelo aspecto ecológico, quanto de design, nos últimos tempos podemos ver cada vez mais, cervejarias, das pequenas as gigantes, adotando a lata prioritariamente em seu portfolio. E uma prova dessa tendência é o movimento #VADELATA (@vadelata), que foi criado pela Ball, líder mundial em embalagens sustentáveis, em prol da latinha de alumínio. Dentro do ecommerce da Cerveja Box (@cervejabox), há uma store dedicada ao projeto, onde você encontra não apenas cervejas, mas água saborizada, vinhos e drinks, tudo na latinha. Acesse depois www.cervejabox.com.br/vadelatastore.
Mas alguns anos atrás, aqui em BH, os espetinhos se tornaram febre e saíram abrindo em cada esquina. E lá sempre eram vistos as long-necks nas mãos dos consumidores. E para isso, outra questão precisa ser levada em conta, que é o fato de o vidro ser um péssimo condutor térmico. Portanto, saindo do freezer geladinha, a garrafa demora mais tempo para perder temperatura na sua mão. Ou seja, ideal para consumo direto na embalagem.
Portanto, a escolha por lata ou garrafa deveria se passar muito mais por critérios da forma que será consumida, do que propriamente pela embalagem em si. Mantidas em corretas condições de estoque, posso garantir que não há diferença significativa, fique tranquilo. Isso quer dizer que se você irá para um churrasco ou clube e vai beber cerveja em copos (Clique aqui e relembre esta coluna), a latinha é uma boa alternativa, por ser fácil de transportar e gelar. Porém, se for pra beber no próprio recipiente, aí é o caso de se pensar na garrafa, que mantem a bebida gelada por mais tempo.
Espero ter ajudado e nesse final de semana, seja na garrafa ou na latinha, o importante é se realizar… Cheers!
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