Alô a todos.
Quero abordar nesta coluna de hoje, um tema bastante complexo, por causa da nossa própria ignorância. O FEMINISMO E O MACHISMO.
Temas contraditórios e absolutamente desnecessários em tempos que deveríamos nos unificar em apenas um ser. Ser Humano. Mulheres têm direitos iguais aos dos homens, constitucionalmente, embora estejam muito longe de serem colocados em prática.
Mulheres têm menos espaço no mercado de trabalho, em altos cargos executivos, mas precisamos nos lembrar que as coisas não mudam por decreto, exatamente por terem suas bases sólidas ao extremo, em práticas seculares, costumes entranhados na nossa existência. É como os 80 quilômetros por hora. Você anda a 80 em uma estrada e é criticado insistentemente pelos apressados de plantão. Daqui a 10 km, você vê uma placa de velocidade máxima a 110 km por hora. Mais 5 km e a velocidade mostra em placas
já desgastadas pelo tempo é tolerável a 60 km por hora… Engenharia de tráfego Grande porcaria! Toda
essa metáfora para tentar me fazer entender, que, mesmo com a lei apontando determinados limites, os costumes demoram mais (e às vezes MUITO mais) para acompanhar a doutrina legal.
Crescemos aprendendo que o movimento feminista ganhou força com Glória Steinen – ativista americana, uma das incentivadoras da lendária “Queima de sutiãs”. A verdade é que NINGUÉM QUEIMOU SUTIÃS.
Se você se aprofundar em pesquisa sociológica vai entender que NUNCA nenhum sutiã foi queimado como forma de protesto feminista. Na verdade, o que houve foi uma manifestação das ativistas do Women’s Liberation Movement durante o concurso Miss América de 1968. A queima foi simbólica, mas a ação foi “incendiária” e o evento, lendário. Elas colocaram no chão e no lixo objetos como sutiãs, sapatos de salto alto, cílios postiços, maquiagens, revistas femininas, cintas, sprays de cabelo e outros itens ligados à beleza feminina. Nada foi queimado por falta de autorização, já que o evento era privado. E a proposta tinha como objetivo denunciar e acabar com a exploração comercial da aparência feminina, mas foi interpretada como uma negação dos atributos femininos. A “proposta” não foi muito bem aceita, principalmente entre as mulheres modernas que descobriram que batom, maquiagem e brincos podem ser aliados e não considerados como “meios de opressão. Tanto que em todos os meios, MUITOS homens já usam.
O que incomoda é o extremismo de algumas mulheres que insistem em achar que homens e mulheres são iguais e tudo o que o homem faz a mulher tem que fazer. E aí existe a dicotomia: Se um transgênero é autorizado em uma competição de artes marciais mistas, ou como queiram M.M.A, e bate em uma pessoa do sexo feminino, está autorizado pela própria história que homem pode bater em mulher.
Como bateu há alguns dias. Vejo aí uma idiotice. Ora, a mulher não pode apanhar do marido definitivamente, mas pode apanhar em um ringue de competição? Isso aconteceu na luta entre Fallon Fox, de 42 anos, transexual, em Toledo, Estados Unidos bateu MUITO em uma mulher de nome Tamika Brents inclusive quebrando o crânio dela.
Isso é justo? Pode? Se o Felipe Melo resolver se transformar em Felipa Melo ele pode jogar na Seleção Feminina de Futebol?
O problema é este. Homens são diferentes de mulher (graças a Deus). Ser “macho” ou “fêmea” não é uma coisa que se pode mudar com a opção sexual. Você pode ser gay, a lei garante isso, mas será um homem que ama outro homem ou uma mulher que ama outra mulher. Ou que ama qualquer gênero, mas a sua constituição genética será a mesma, ainda que você queira modificar o volume dos seus hormônios. O grande dilema é que as chamadas feministas ativistas não fazem nada a não ser contrapor o machismo. Os DOIS são extremistas intoleráveis. Você pode (como eu) entender que mulheres devem ter muito mais espaço em todos os níveis, mas se assumem atitudes “border line”, ou seja, atitudes limítrofes, acabam por se tornar meros antônimos contra os quais lutam.
Ser feminista é se assumir mulher. Linda, delicada (porque não?). Ou, se preferir, tomar hormônios que alterem sua estrutura física (porque não?), mas ainda assim, na essência ser mulher. Homens que sentem desejo por outros homens têm todo o direito também.
Ser é diferente de impor ser. Não é da minha conta que José se case com João. Eu aceito? Sim.
Mas não sou obrigado a praticar ou a declarar meu amor ou ódio a quem quer que seja. Nem você. Machismo e Feminismo extremos são prejudiciais em qualquer sociedade.
Então, deixemos que as coisas se ajustem naturalmente, sem beligerância, sem guerra. As mulheres têm os mesmos direitos (E DEVERES) dos homens. E se assim tiver que ser será. Mulheres são diretoras, presidentes, C.E. O’ s de muitas empresas. O que importa é a competência, não o gênero.
Vamos parar de “problematizar” as ideologias. Elas existem e pronto. Cada um aceita ou não aceita, convive ou não convive com Machões ou Feministas.
É como prega o conceito hodierno das ruas. É igual Jiló. Você não gosta? Então não coma. Não precisa xingar o Jiló. Bater no Jiló. Até porque a sua atitude não muda nada e ainda expõe sua ignorância. Por outro lado, não precisa ficar fazendo passeata para que todos comam jiló. Apenas aceitar que tem gente que gosta e outros que não gostam.
Um trecho de uma música do Milton Nascimento pra terminar bem a coluna: “Seja o que quiser… venha o que vier…”
Um abraço e até a próxima semana!
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.
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