Com a chegada do filho, muita coisa muda na vida do casal. Mesmo com todo o preparo que se faz no período pré-natal e a chegada do bebê, vem um turbilhão de sentimentos e sensações. A euforia e felicidade pela chegada do rebento vêm acompanhada de muito medo, insegurança e estresse. O pai, apesar do sentimento envolvido, mesmo não acompanhado de toda a carga hormonal e instinto materno, também aflora esses sentimentos de medo e insegurança pela maior responsabilidade de sua vida. Assim, muitos pais são acometidos pela chamada depressão pós-parto masculina, causando sintomas como irritabilidade, rigidez afetiva, agressividade, aumento no consumo de álcool, dentre outros. Mas a verdade é que o momento é de apoio mútuo, onde pai e mãe tenham um diálogo aberto para encontrar o melhor caminho em relação a essa nova vida, com nova configuração familiar.
No meu caso, quando a Sofia nasceu, eu e a Dani conversamos bastante e acordamos as divisões das tarefas. Sempre fiz questão de estar presente, apoiando e dando suporte, e posso dizer que conseguimos passar muito bem pelos primeiros meses da Sofia. É importante dizer que fiz questão de planejar minhas férias para esse período, além de ter a possibilidade de ficar 30 dias a disposição desses cuidados para com as duas. Infelizmente no Brasil ainda não há o entendimento da real necessidade da presença do pai nesta fase. Em alguns países europeus a licença paternidade é uma realidade, com amparo jurídico, equiparada a licença maternidade, com duração de 12 a 16 semanas. Isso daria ao homem uma maior capacidade de dar assistência e se dedicar aos cuidados com o filho, bem como dar o arrimo necessário à mãe. Mas a legislação brasileira só permite ao pai 5 dias de licença, o que para a grande maioria o inviabiliza a dar o suporte necessário. O programa empresa cidadã veio para mudar um pouco esta realidade, aumentando para 20 dias, prorrogado para mais 15, dando uma esperança de mudanças nesse sentido.
No pós-parto a mulher passa por um momento emocional muito difícil, onde a fragilidade e medos em relação a maternidade se juntam a alta mudança hormonal, levando-a a enfrentar o que é chamado puerpério. Aos que não conhecem do que se trata, sugiro que se aprofundem no assunto, pois ajudará muito em sua relação conjugal e paterna. Nesse momento a presença do pai, com acolhimento e empatia, auxiliam demais a mãe nesse enfrentamento. E vemos na sociedade atual uma movimentação nessa direção, com um pai mais participativo e acolhedor, certamente graças as mudanças na dinâmica social, devido a maior participação da mulher no mercado de trabalho. Buscar estar presente, dialogar para divisão das tarefas tanto da casa quanto nos cuidados ao bebê, fazem com que essas turbulências do pós-parto sejam amenizadas, dando um suporte essencial ao bem estar da mãe, e do próprio pai. Na próxima semana falaremos sobre o papel do pai nos primeiros meses do criança.
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