Com certeza você já escutou alguém dizendo que o salto alto faz mal para a coluna… mas será que isso é verdade? Na verdade, o excesso de uso é o que faz mal e não o seu uso esporádico. Mulheres que utilizam o salto alto com frequência, podem desenvolver alterações não só na coluna, mas também em outras partes do corpo.
Uma coisa é certa: ao caminhar equilibrando-se no salto alto, há uma alteração na biomecânica do movimento. Com isso, é comum que apareçam movimentos compensatórios, desequilíbrios e sobrecarga de outras partes do corpo, como tornozelos, calcanhares, joelhos e quadril, além de músculos e tendões das pernas.
Caminhando de salto alto, é comum observar a deposição do peso do corpo na parte da frente do pé (antepé) e a permanência em flexão plantar (na ponta do pé). Isso resulta em um aumento da pressão em cima dos ossos longos localizados antes dos dedos (metatarsos), o que pode resultar em processos dolorosos e uma mudança na posição natural desses ossos.
O salto alto também pode modificar a curvatura dos pés, gerando inflamações, dor na planta dos pés e sobrecarga das estruturas ósseas, causando calos e joanetes.
Outra consequência comum de quem passa os dias em cima de saltos altos é o encurtamento dos músculos da panturrilha (gastrocnêmio e sóleo). E qual é o resultado? Ao andar descalça ou com sapatos rasteiros, o que obriga a extensão dessas musculaturas, o incômodo costuma ser enorme.
E depois que vimos todas as alterações… qual seria a solução do problema?
Abolir totalmente o salto alto não é a solução para evitar dores e problemas no corpo. A solução seria buscar os melhores e mais cômodos saltos. Os melhores saltos são os baixos e médios (cerca de 4 centímetros) e grossos. Eles são indicados inclusive para quem tem dor lombar ou encurtamento dos músculos da perna. Anabela, plataforma e meia patas (que possui plataforma apenas na parte da frente do pé), que têm apoio ao longo do pé ou salto mais largo, são alternativas que oferecem mais estabilidade ao caminhar.
Especialistas sugere que o salto alto seja usado no máximo três vezes na semana, por um período de sete horas. É importante que os sapatos de salto sejam alternados com outros calçados, como tênis e sandálias mais baixas, além de sapatos que evitem zonas de compressão nos dedos. Também é importante praticar uma atividade física regularmente. Movimentos de alongamento devem complementar todas as sessões. Além de melhorar os músculos encurtados, os exercícios fortalecem os tendões que passam nos pés e tornozelos. Evite andar de salto em superfícies irregulares ou acidentadas, prevenindo assim acidentes. E quando precisar caminhar bastante ou estiver no transporte público, troque por um sapato mais baixo. Por último, evite ficar horas seguidas com o salto e, se possível, dê um descanso para os pés no ambiente de trabalho.
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