Belo Horizonte pode terminar o ano no vermelho, ou seja, em déficit orçamentário. Quem emitiu o alerta foi Bruno Pacelli, subsecretário de orçamento da PBH, em uma audiência com vereadores no início da semana. Os dados apontam que as despesas cresceram 6,45% em relação ao mesmo período no ano passado. Deve-se considerar, porém, que a receita também aumentou em 2,95%. A situação só não está pior porque em 2020 as contas do Executivo fecharam o ano em superávit (receita maior que despesa) de cerca de R$390 milhões. Mas, a tendência é piorar, visto que a arrecadação tributária é maior no início do ano, com previsão de queda ao longo do ano.
Só no primeiro quadrimestre, a prefeitura gastou 23% do total previsto no orçamento para todo o ano de 2021. Em contrapartida, a arrecadação de impostos foi de R$ 2,034 bilhões, 14% maior do que no ano passado. Pacelli justifica com uma série de motivos: queda de repasses da União, distribuição de auxílios alimentação para famílias vulneráveis e também o aporte para sustentar a despesa de enfrentamento à pandemia na saúde.
É inadmissível que esse prejuízo recaia sobre o trabalhador belo-horizontino. A cidade passou meses fechada, nossos comércios impedidos de funcionar, nossas crianças sem frequentar a escola. Até nossos templos religiosos passaram por restrições. As contas, porém, nunca pararam de chegar. Mesmo enfrentando dificuldades financeiras, os contribuintes tiveram que arcar com altas cobranças de impostos.
Desde o início da pandemia, a frase que mais se ouviu foi “precisamos salvar vidas agora, a economia resolvemos depois”. O “depois” já está batendo à porta. Cada morte por covid é lamentável e deve ser evitada com todos os recursos que estão ao nosso alcance. Contudo, o equilíbrio é fundamental. Não podemos sacrificar empregos, muito menos o sustento das pessoas, que também é um aspecto fundamental da sobrevivência. A prefeitura deve economizar em propaganda, cujos gastos beiram a casa dos 20 milhões, e em qualquer outro gasto desnecessário do orçamento. A responsabilidade de administrar o dinheiro público é do Executivo e não dos cidadãos. Assim como suas consequências, sejam boas ou ruins.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.
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