Alô a todos.
Perguntaram pra mim: Porque falar da morte de Lázaro Barbosa, agora conhecido como “serial killer do sertão?” – Ora, se a polícia demorou 20 dias para resolver o caso, qual a crítica que podem fazer a um colunista que demora 12 dias para falar do assunto não é?
Eu não gostei que a polícia tenha atirado no pobre exterminador de famílias no norte e nordeste brasileiro. Eu preferia que ele tivesse sido preso. Por quê? Simples:
Não torci pela morte dele. Porque nosso sistema jurídico não prevê a pena de morte. Nosso sistema prevê que ele fosse devidamente preso, que não fosse algemado, por causa das centenas de policiais que garantiriam a inexistência de risco, que fosse alguém da Ordem dos Advogados do Brasil oferecessem conforto e garantia à sua integridade física, alguém dos direitos humanos lhe oferecessem um lanchinho por ele, supostamente estar com fominha, um soro, ou quem sabe uma água de coco, porque ele, com certeza estava desidratado, que o estado oferecesse uma água com açúcar para que Dom Lázaro reestabelecesse seus índices glicêmicos.
Daí, a lei estabelece que ele seja confortavelmente conduzido por um carro (pago pelo imposto que nós contribuímos) até a presença de um juiz de direito, que faria com ele uma audiência de custódia com esse mesmo juiz que perguntaria educadamente a ele: -“O senhor foi bem tratado pela polícia Sr Lázaro? Esses policiais faltaram em algum momento com respeito ao senhor? Olha, o momento do senhor representar contra os policiais é esse viu?”
Neste momento, claro, após uma audiência completa das razões do assass… digo SUSPEITO porque a sentença não havia transitado em julgado… ele seria, mais uma vez conduzido a um cárcere (onde recentemente o STF se posicionou que se estivesse em condições sub humanas implicariam em redução de regime).
Na insensatez carcerária brasileira ele poderia até responder aos processos em liberdade, exatamente como aquele “maior traficante do Brasil” que o Ministro Marco Aurélio Mello soltou. E ele desapareceu, e aí, quem sabe ele poderia receber uma saída de natal, ou quem sabe, como Suzane Richtofen foi solta NO DIA DOS PAIS, não sei pra visitar quem porque ela mesma tinha matado seus pais, não é legal?
Ele poderia ter direito a progressão de regime, afinal de contas a pena é “integrativa” e ele faria mais um curso de “empatia com a família da vítima” (previsto em lei) – mas ele já tinha feito esse curso – e daí? Ele faria outro.
E quem sabe a Justiça poderia colocá-lo em liberdade, porque se ele estava na rua é pela TOTAL FALÊNCIA do sistema “jus persecutório” do Brasil.
Gente! Convenhamos… a justiça do Brasil NÃO funciona. E Dom Lázaro é uma absoluta evidência disso.
Mas, ao invés disso ele foi morto pelos policiais brasileiros quem sabe por um policial racista, porque afinal, ele tinha descendência negra.
E a gente acaba ficando com a sensação de que o problema acabou. O problema está ainda incipiente, no começo, e isso é ESTRUTURAL, ou seja não tem um culpado com nome e sobrenome. E enquanto não pararem de tratar bandido como vítima, numa absoluta inversão de valores, este mesmo pepino não será descascado. A defensoria pública do Distrito Federal já havia entrado com dezenas de pedidos para que preservassem a integridade física de Lázaro.
Com isso, o que se busca é a proteção do marginal, para que quem sabe em breve ele fosse solto novamente com altíssimas possibilidades de matar você, sua família, roubar nossa comunidade e fosse provocar todo grau de atrocidades que dezenas de milhares de “Lázaros” fazem todos os dias, só que não ganham a grande mídia.
Estamos todos nós em uma sensação de insegurança infinita. Temos um cenário abissal de insegurança pública que por hora é IRREMEDIÁVEL.
A hora é de repensar e colocar em prática os novos conceitos (resetar o sistema penal brasileiro) ou seremos reféns do medo da presença de tantos outros assassinos, estupradores, ladrões que assoviam pelas ruas e cantos do nosso país.
A grande verdade é que o fato de Lázaro ter galgado a grande mídia, esfrega na cara da nossa sociedade a completa ineficácia do nosso sistema.
Por isso que essa falsa sensação de segurança pela morte de Lázaro, não é bom para o nosso país.
O correto seria, que a partir desse evento começássemos a discutir de forma séria uma pena MUITO mais severa para assassinos estupradores ou criminosos hediondos, como muito bem disse Marcos Molon. A não ser que você AINDA ache, que o coitado do Lázaro Barbosa é mais uma vítima da sociedade opressora e da elite brasileira.
Se você pensa assim, faça como Lázaro Barbosa. Vai pro inferno!
Até a próxima semana.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do portal Balcão News.
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