Da descoberta do diamante no antigo Arraial do Tejuco – no distante ano de 1729 – a Patrimônio Cultural da Humanidade, Diamantina tornou-se cenário de extraordinária beleza e de história fascinante.
Seu maior atrativo é a diversidade de uma arquitetura colonial mais abrangente e rica, que mistura elementos resultantes do encontro de portugueses, escravos e aventureiros em busca de diamantes.
Esses elementos estão presentes nos casarões, telhados e varandas portugueses, as treliças de madeira dos árabes, as peças de marfim da China e os vitrais franceses.
A casa de Chica da Silva é destaque; um sobrado que possuem varandas fechadas de treliças, os famosos muxarabiês, de influência árabe, onde a pessoa pode observar o movimento da rua, sem ser vista.
A casa de Chica da Silva, atualmente é sede do IPHAN
O principal cartão-postal de Diamantina, o passadiço da Casa da Glória faz a ligação entre dois casarões, um de frente para o outro, na Rua da Glória. Um antigo conjunto formado por duas casas separadas pela rua e interligadas por uma passagem suspensa.
As casas que já pertenceram à igreja funcionaram como orfanato e até um educandário feminino. Tal artifício foi concebido com o propósito de impedir que as alunas internas dos colégios ali existente tivessem contato com os transeuntes.
Atualmente, o Instituto Casa da Glória pertencem à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e expõem obras, objetos históricos e funciona como instituto de geologia.
Para quem deseja conhecer a cultura, artesanato e culinárias locais, uma passadinha no Mercado Velho, especialmente aos sábados pela manhã, é parada obrigatória.
Construído em 1835, o Mercado Municipal, que até o século 19 era residência, com área para comércio e um rancho de tropeiros, abriga atualmente feiras de alimentos e de artesanato nos finais de semana. Inativo durante a semana, o local tem apresentações musicais nas noites de sexta-feira, e aos sábados recebe a feirinha, com venda de produtos regionais.
A edificação tem influência árabe e o estilo arquitetônico dos arcos inspirou Oscar Niemeyerno projeto da fachada do Palácio da Alvorada.
O turista encontrará cachaças, queijos, temperos, frutas, e também artesanatos com sempre-vivas e capim dourado, trabalhos em cerâmica, palha, bordados e quartzoe lembranças em um dos pontos de encontro da cidade de Diamantina.
Um artesanato característico em Diamantina é o tapete arraiolos, de origem portuguesa. São tapetes especiais bordados com lã, tingidas em cores diferentes, sobre uma armação em tecido único de algodão, juta ou linho, muito resistente. Feitos de forma artesanal, esses tapetes são riquíssimos em detalhes.
São tapetes especiais, finíssimos e únicos, cuja durabilidade é de ao menos 25 anos.
As antigas tradições são muito valorizadas, como a música e um antigo ofício de ourives, onde artesãos locais produzem delicadas joias utilizando ouro e cascas de coco.
Criado por artistas de Diamantina, a Vesperata, que ao contrário das serenatas em que os músicos ficam sob as janelas, a apresentação dos instrumentistas é feita nas sacadas coloniais da Rua da Quitanda, enquanto o público acompanha tudo das calçadas.
A primeira edição da Vesperata ocorreu em 1997. O nome deriva da palavra véspera, ofício religioso que se realiza no final da tarde, início da noite.
Já consta no site o calendário do 1º semestre de 2023.
Aos domingos acontece o Café no Beco e o imperdível Sarau da Arte Miúda. Funciona assim: você chega, pede um quitute e o café é cortesia. Um jeito gostoso de começar o dia comendo bem e de um jeito bem mineiro.
O Caminho dos escravos mostra o engenho construtivo da época, guardando inestimável valor histórico e cultural. São 300 metros de calcamento original de pedras, construído entre 1807 e 1823 por escravos, que ligava o norte de Minas ao sul da Bahia durante o século 18, usada por mineradores de diamantes e tropeiros.
Bem ao lado, as sinuosas curvas levam ao topo do Cruzeiro da Serra, um mirante com uma das mais belas vistas de Diamantina. A 1.300 m de altitude, além da vista panorâmica,é bom local para se apreciar o por do sole tirar belas fotos.
Região divisora das águas das bacias dos rios São Francisco e Jequitinhonha, Diamantina possui uma rica hidrografia, acompanhada de vegetação variada, que inclui bromélias e mais de 300 espécies de orquídeas típicas da área de campos rupestres.
Em meio às montanhas e serras, cursos d’água formam cachoeiras de tamanhos variados, que dão origem a deliciosas piscinas naturais de areias brancas.
Destacamos aqui a Cachoeira das Fadas, com 25 metros de queda e piscina natural. Considerada um excelente recanto para banhos, e uma das preferidas dos adeptos do rapel.
A cachoeira dos remédios possui queda com 20 metros, poços e praias em meio à densa vegetação nativa. A bonita trilha até o local por entre os campos rupestres é percorrida em cerca de 4 horas.
A cachoeira dos Cristaisé circundada por formação rochosa e cerrado. Possui duas quedas sequenciais de aproximadamente 5m, formando um poço propício ao banho.
A Cachoeira da Sentinela possui diversas quedas d’água que formam piscinas naturais e poços de água quentinha e cristalina, um convite a um banho relaxante. Ideal para adultos e crianças.
Diamantina é um lugar onde o erudito e o popular se misturam,fazendo do local um dos destinos singulares!Estrada Real: Uma estrada, seu destino!