Para quem viver é aventurar-se, continuamos pelas trilhas da Estrada Real como os antigos desbravadores, com a vontade de vencer os desafios, se integrar à natureza e vivenciar momentos inesquecíveis, com muita história para contar.
Trilha Pedra da Paciência e Bocaina – Catas Altas
Localizada na Serra do Caraça a trilha tem em média 5 Km e é ideal para se ter uma noção da imensidão ao redor, principalmente quando se chega pela trilha à Pedra da Paciência.
Pedra da Paciência é um afloramento rochoso, de onde se tem bela vista da curiosa formação que segundo alguns dá nome à Serra do Caraça.
A Serra recebe este nome por um motivo curioso: de longe, possui o formato do perfil de um rosto – mas também porque significa “desfiladeiro” em tupi-guarani.
É neste grande desfiladeiro, que está a Bocaina, que fica entre o Pico do Inficionado e a Caraça. Sua trilha, que atravessa um rio (Ponte de Pedras), tem uma extensão de 4,5km e, além da beleza das montanhas e dos campos por onde se passa, oferece uma série de quedas d’água e um poço encantador para banho, descanso e o lazer.
Trilha Pico do Itambé – Santo Antônio do Itambé
O Pico do Itambé, conhecido como o teto do sertão mineiro, é o destaque do Parque Estadual do Pico do Itambé, que abrange os municípios do Serro, Santo Antonio do Itambé e Serra Azul de Minas.
Um dos modos mais interessantes para alcançar o Pico do Itambé é realizando a Travessia do Pico do Itambé. Essa travessia liga o povoado de Capivari, município do Serro até a cidade de Santo Antonio do Itambé; ou vice-versa.
A subida é de quatro a cinco horas de caminhada por trilhas tranquilas, porém emocionantes, com possibilidade de retorno no mesmo dia ou de pernoite pelo caminho ou no cume. Os que passam a noite por lá ganham de presente um lindo pôr-do-sol.
Na caminhada o turista poderá contemplar as belezas da flora, composta por espécies como angico-branco, pau-d’óleo, jacarandá-da-bahia, ipê-amarelo, candeia, amescla, landim, murici, canela-de-ema, sempre-vivas e diversas espécies de orquídeas endêmicas da região.
E talvez encontrar na fauna espécies como o tamanduá-de-colete, o lobo-guará, a jaguatirica, a sussuarana e o guigó.
Do alto, seja qual for o caminho escolhido, a paisagem é deslumbrante e descortina-se uma vista privilegiada de todas as cidades mais próximas. Nos arredores existem também várias cachoeiras e uma linda vegetação rupestre.
Um trekking para quem busca novas experiências, novos territórios e com certeza, memórias de um jeito simples de viver a vida nas Gerais.
Trilha Alto das Posses – Itanhandu
Divisa com o Rio de Janeiro e São Paulo, o Alto das Posses é um dos recantos naturais de Itanhandu e cuja trilha permite uma bela visão da Serra da Mantiqueira.
A trilha de acesso está aproximadamente a 14 km do centro de Itanhandu, muito bem preservada, existindo ainda mata nativa fechada e ecossistema equilibrado. Ela começa pelo Bairro do Jardim em direção para o Alto das Posses, que está dentro da RPPN e APA da Mantiqueira.
Com predominância de Mata Atlântica de altitude, na trilha, além da caminhada, a prática de cavalgadas também é uma opção.
O Rio Verde, que tem sua nascente no Alto das Posses, é ideal para lazer e ecoturismo, com seus poços, corredeiras e cachoeiras, como a da Usina formada por uma pequena barragem que pertencia à Empresa Força e Luz de Itanhandu, inaugurada em 1929 e já desativada, e a do Vô Delfim.
Do Alto das Posses também é o início para a travessia da Serra Fina, feita para chegar a Pedra da Mina em Passa Quatro, o ponto mais alto da Serra da Mantiqueira na região.
A travessia da Serra Fina é feita com guias especializados, pois é uma área com trilhas conhecidas somente por profissionais ou guia profissional.
Trilha Serra da Calçada – foto aventurebox.comTrilha Serra da Calçada – Brumadinho/Nova Lima
Situado entre os municípios de Brumadinho e Nova Lima, o Conjunto Histórico e Paisagístico da Serra da Calçada, possui diversas trilhas e se estende por oito quilômetros, dividindo as bacias do Paraopeba e das Velhas.
Uma das principais trilhas é das ruínas do Forte de Brumadinho. A trilha passa por belas paisagens e córregos cercados pela mata, com direito ao mirante, que conquista pela paisagem e faz a trilha valer a pena. Ao longo do caminho vários outros mirantes naturais vão se descortinando.
Outra opção é pedalar de bicicleta pelas estradinhas ou pelas trilhas mais acidentadas, em meio aos campos rupestres ferruginosos, também conhecidos como “canga”.
Estrada Real: VIVA, EXPERIMENTE, DESCUBRA!
Daniel Magalhães Junqueira
103